4.1 Detalhes
Ao contrario dos aterros, as emissões atmosféricas das instalações (Usina WTE) de transformação de resíduos em energia podem ser continuamente monitoradas, passo a passo e dentro das normas regulamentadoras. Mesmo modernos aterros emitem poluentes atmosféricos muito mais potencialmente prejudiciais do que uma instalação de transformação de resíduos em energia limpa. Tecnologia utilizada na transformação de resíduos em energia também tem mostrado através de numerosos estudos condições para reduzir os gases que causam o aquecimento global.
Usinas WTE, utilizam as mais modernas tecnologias, asseguradas por grandes investidores e são algumas das opções mais seguras para a saúde da população e os fatores de riscos ambientais. Atualmente existem mais de 400 instalações de Usinas WTE, que transformam os resíduos em energia na Europa.
Usinas WTE, podem reduzir sensivelmente o efeito do uso e dependência dos aterros sanitários pelos municípios, principalmente para os municípios que possuem aterros terceirizados.
Em uma Usina WTE, poderemos adequar a sua estrutura para processar adequadamente ate 90% do material coletado. Estes materiais processados incluem jornais, revistas, papelão, pneus, sucatas, metais, latas de aço e alumínio, vidro verde e marrom e embalagens plásticas. Podendo processar de 200 a 300 toneladas por dia de materiais recicláveis. O seu projeto poderá variar em sistemas de classificação de reciclagem totalmente automatizada e parcialmente automatizada, ou consistir em apenas em sistema de triagem manual. Entretanto, dependendo do interesse, pode-se adequar um sistema combinado de triagem automática e manual (semi automatizada). Geralmente este formato começa com o dimensionamento automático e termina com a triagem manual.
5. Sistema de Tratamento e Destinação dos RSU
Processa todos os RSU através de um sistema de triagem e separação automatizada que distribuem os materiais de acordo com o seu perfil, recicláveis, resíduos orgânicos secos e úmidos, resíduos hospitalares, em recipientes com base no tamanho, densidade e composição química. Todo este processo segue as normas e determinações do MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
5.1 Recebimento dos RSU
Todo RSU após a sua pesagem é despejado em silos ou receptáculos de concreto, de forma que a partir de sua chegada na Usina, passa pelos processos automático de separação e triagem, rasga sacos. Assim todo resíduo recebido não terá mais contato com o solo, indo direto para a sua linha de destinação final. Este procedimento decorre do atendimento de determinações ambientais que estão voltadas para a preservação dos mananciais subterrâneos e dos lençóis freáticos contra a contaminação pelos efluentes nocivos do RSU.
5.2 Triagem e Separação dos RSU Recicláveis
O sistema de triagem automatizado além das esteiras e gruas de distribuições pode consistir em: trituradores, trommels (tambores rotativos), discos e peneiras vibratórias, separadores de densidades e magnéticos. Os trommel ou tambores rotativos com tela classificam os resíduos por tamanho. A parte externa da trommel consiste de uma ela de pequenos furos que crescem ao longo do comprimento, onde pequenos recipientes como latas de alumínio caem pelo buraco da tela menor, enquanto que garrafas de refrigerantes (pet) de plásticos, jarros ou caixas de leite e outros passam pelos buracos maiores. De uma forma que o resultado final, é o lixo sendo classificado em fluxos distintos que podem então ser perfeitamente controlados.
Todo material reciclado é separado, embalado, aplicado produtos antimofo e encaminhados para a indústria de processamento destes materiais. Neste item, podemos adequar este sistema em automação total ou parcial, ou seja, o processo inicia-se automatizado e na sua finalização no momento da classificação, acrescentamos as estações de catação, podendo utilizar a Mao de obra das cooperativas de reciclagem já então existentes no município.
5.3 Biodigestor
Dentro da seqüência da separação e triagem dos RSU, os resíduos orgânicos úmidos são direcionados ao biodigestor aonde podemos adicionar a esta massa de resíduos os liquidos lixiviativos e de outras fontes, visando acelerar e aumentar a biodecomposicao controlada, através da decomposição anaeróbia, produzindo 20-40% mais gás, que é direcionado diretamente a uma Usina geradora de energia elétrica.
5.4 Compostagem
Os resíduos orgânicos após passarem pelo processo de biodigestão são enviados para a compostagem que é um processo natural de decomposição orgânica em partículas menores através da ação de microorganismo. Os resultados da compostagem são de nutrientes orgânicos e minerais que podem ser usados para correção de solo e para o cultivo agrícola na forma de fertilizantes. O método usado pela Usina WTE é o sistema de compostagem aberto, para o qual temos filtros e mecanismos de aeração, de controle de temperatura, de circulação de ar para eliminar totalmente o odor produzido.
5.5 Gaseificação:
É um processo industrial comprovado e eficiente que converte os hidrocarbonetos (carbono) existentes nas matérias, tais como carvão, biomassa em especial os resíduos orgânicos em um gás limpo chamado gás de síntese ou SYNGAS, que pode ser usado para produzir energia elétrica, produtos de valor, como produtos químicos, fertilizantes, gás natural, hidrogênio e combustíveis.
• Funcionamento do Processo de Gaseificação
A matéria prima (produto a ser processado) é injetada com oxigênio e vapor em uma alta temperatura dentro do reator pressurizado ate que as ligações químicas das matérias primas sejam quebradas. Esta reação produz o gás de síntese ou “SYNGAS”. Este gás depois é limpo para remover as impurezas, tais como: enxofre, mercúrio, partículas e minerais. (dióxido de carbono também pode ser removido nesta fase). O gás de síntese limpo é então utilizado para fazer um único produto, como fertilizantes ou vários outros produtos; como hidrogênio, combustível, vapor e energia elétrica.
• Benefícios Ambientais da Gaseificação
Gaseificação permite o uso de resíduos domésticos, carvão e de outras biomassas para produzir eletricidade com sem provocar impacto ambiental em relação às tradicionais tecnologias de combustão. Porque o gás de síntese (syngas) é limpo antes da queima. A gaseificação permite a recuperação de energia limpa disponível nos matérias de baixo valor (coque de petróleo e resíduos sólidos urbanos), assim reduz tanto o impacto ambiental como também os custos de eliminação e destinação final dos RSU. Os subprodutos da gaseificação (enxofre e escória) são considerados não perigosos sob a lei ambiental e facilmente comercializável.
• Benefícios Econômicos da Gaseificação
Gaseificação tem inúmeros benefícios econômicos significativos. Converte matérias primas de baixo valor em produtos de alto valor, aumentando assim o uso da energia limpa, renovável e sustentável, disponível nesta matéria prima, com baixo custo.
• Perspectivas de Crescimento da Gaseificação no Mercado Mundial e Nacional
A capacidade mundial da gaseificação esta projetada para crescer mais do que 70% até 2015, sendo que mais de 80% do crescimento ocorrera na Ásia (China). No Brasil as perspectivas ainda é uma incógnita, em razão do seu desconhecimento pratico principalmente no tratamento e destinação final dos RSU - Resíduos Sólidos Urbanos, em resumo agora que estamos dando os primeiros passos visando a implantação deste sistema.
• Gaseificação não é Combustão
Gaseificação é uma oxidação parcial (reação) do processo que produz gás de síntese constituída principalmente de hidrogênio (H2) e monóxido de carbono (CO).
• Gaseificador
O núcleo do sistema de gaseificação é o gaseificador, um vaso de pressão onde a matéria prima (produtos a serem processados) reage com o oxigênio (ou ar) e vapor de água a altas temperaturas. Existem vários projetos de gaseificador, distinguem-se pela utilização de material molhado ou seco, o uso de ar ou oxigênio, direção do reator de fluxo (up-flow, de fluxos descendentes ou circulantes) e os gases de refrigeração do processo. Atualmente temos gaseificadores com capacidade de 3000 toneladas/dia de processo das matérias primas (produtos). Depois de a matéria prima ser moída em pequenas partículas (redução do tamanho para facilitar o processo) é injetado no gaseificador, juntamente com uma controlada quantidade de ar ou oxigênio e vapor. As temperaturas atingem 1.400 a 2.800ºF (graus farenright) equivale 760 a 1537,77ºC (graus centigrados). O calor e a pressão no interior do gaseificador quebram as ligações químicas das matérias primas, formando o gás de síntese. Este gás é constituído principalmente por hidrogênio, monóxido de carbono e dependendo da tecnologia específica da gaseificação usada, menores quantidades de metano, dióxido de carbono, hidrogênio, sulfeto e vapor d’água. Gás de síntese pode ser queimado para produzir energia elétrica.
• Limpeza do Gás de Síntese (syngas)
Os gases de síntese brutos produzido no gaseificador contem níveis de impurezas que podem ser removidos antes de sua utilização final. Após o gás ser resfriado, os minerais, partículas, enxofre, mercúrio e carbono não convertidos são removidos a níveis muito baixos para qual podemos usar sistema de limpeza convencional comum nas indústrias química e de refinação. O CO2 também é removido pelo processo de rotina comprovado na produção de amônia e hidrogênio. Outros subprodutos, a maioria dos sólidos, tipo metais ferrosos, no gaseificador se transforma em liquido, porém ao esfriar ficam com o aspecto de um vidro, chamado de “slags”, que não é perigoso e pode ser utilizado na construção civil, como material de telhado, revestimento, etc.
• Produtos da Gaseificação
Alem da produção destinada a gerar energia limpa, temos a produção de produtos químicos, sendo um dos grandes componentes do gás de síntese, o Hidrogênio utilizado para o refino de petróleo bruto pesado. Historicamente as refinarias utilizam gás natural para produzir esse hidrogênio. Agora com o aumento sensível dos custos do gás natural estão procurando fontes alternativas para produzir o hidrogênio necessário.
• Geração de Energia Limpa com a Gaseificação
Coloca-se no gaseificador a matéria prima (produto a ser processado), aonde ira gerar o gás de síntese (syngas). Através do ciclo combinado de gaseificação integrada combina com a limpeza do gás de síntese, que em seguida é queimado em turbinas a gás de alta eficiência para produzir eletricidade. O excesso do calor gerado a partir da reação da gaseificação também em seguida é capturado, convertida em vapor e enviado para outra turbina a vapor para produzir eletricidade adicional. As turbinas a gás podem ser operadas com um combustível de backup, como o gás natural durante os períodos de manutenção.
• Gaseificação: a Redefinição da Energia Limpa, Sustentável e Renovável
Gaseificação é a mais limpa, mais flexível e confiável maneira de economizar, reduzindo a dependência e o uso dos combustíveis fósseis, transformando os RSU (resíduos orgânicos) em combustíveis. Além de ser capaz de converter resíduos de baixo valor, em produtos de alto valor tais como: produtos químicos e fertilizantes, gás natural substituto, combustíveis para transporte, eletricidade, vapor e hidrogênio.
Gaseificação oferece a alternativa de menor custo para captura do CO2, quando da geração de energia.
Gaseificação oferece oportunidades de utilizar recursos internos para minimizar o alto custo da dependência do petróleo e gás natural importados de regiões politicamente instáveis do mundo.
Gaseificação prevê aumentar o investimento nacional e no emprego das indústrias que tem vindo a diminuir por causa do alto custo da energia.
E finalmente, gaseificação oferece um caminho para o desenvolvimento de energias novas, renováveis e altamente sustentáveis através do uso coerente de acordo com a administração ambiental desejada.
6. Vantagens da Implantação da Usina WTE
6.1 Possibilidade de processamento de 100% dos RSU recolhidos diariamente, sem a necessidade de armazenamento, evitando a utilização de aterros sanitários ou lixões.
6.2 Impede a formação de chorume ou de liquidos lixiviativos (contato da água das chuvas com chorume), agentes altamente toxico e contaminador dos lençóis freáticos e de aqüíferos livres.
6.3 Elimina a necessidade de investimento em aterros, em razão de seu alto custo de manutenção e de desapropriação de terrenos para sua instalação.
6.4 Elimina a formação de gases tóxicos provenientes da decomposição dos resíduos orgânicos.
6.5 Aperfeiçoa a triagem dos recicláveis reduzindo a extração dos recursos naturais para aplicação em matéria prima.
6.6 Humaniza e dinamiza o trabalho dos coletores de lixo, aumentando consideravelmente os resultados financeiros através de um processo automatizado de triagem.
6.7 Elimina a proliferação de vetores e os riscos de doenças infecto-contagiosas.
6.8 Elimina o odor fétido provocado pela decomposição dos RSU.
7. Aspectos Ambientais e Sociais da Usina WTE
Existem diversos aspectos de caráter ambiental e social do projeto, que são atendidos por ocasião de sua implantação, sendo que podemos ressaltar alguns:
o Eliminação imediata de 100% do lixo recolhido diariamente sem a necessidade de seu armazenamento, evitando a utilização de aterros controlados e sanitários;
o Impede a formação do chorume (resíduo liquido oriundo da decomposição orgânica do lixo), agente contaminador de alta toxidade dos lençóis freáticos e mananciais aqüíferos livres;
o Elimina a necessidade de investimentos em aterros sanitários, que alem dos elevados custos de implantação/operação, não atendem a legislação ambiental vigente e nem ao Protocolo de Kyoto, tratado internacional do qual o nosso país é signatário;
o Elimina a formação de gases tóxicos provenientes da decomposição aeróbica do material orgânico contido no RSU e que ataca de maneira destrutiva a camada protetora de ozônio da atmosfera;
o Permite a reciclagem efetiva e total de todo material presente no lixo de maneira simples e eficiente, quando comparado com os processos atuais de reciclagem, que são de baixa eficiência e que praticamente não atingem o material ensacado que hoje é jogado nos aterros sanitários;
o Permite a criação de empregos diretos para ocupação de Mão de obra ociosa de baixa capacitação do município, alem de movimentar a economia local de maneira significativa ao criar atividades de apoio que complementam o ciclo de tratamento do RSU e que acabam por beneficiar a comunidade local como um todo;
o Elimina consideravelmente o numero de vetores de contaminação de diversas doenças infecto-contagiosas (conjuntivites, alguns tipos de gripes, e de todas as endemias propagadas pelo ar) entorno do aterro sanitário ou lixão existente e também dos odores provocados pela decomposição dos resíduos orgânicos do RSU;
o Em suma, elimina definitivamente o problema de armazenar e enterrar o lixo, evitando os custos não contabilizados do passivo ambiental que será passado para as próximas gerações, livrando a cidade dos lixões e seus resultados danosos, atraindo investimentos, aumentando a oferta de emprego para a cidade e elevando os índices de IDH do município;
8. Benefícios Sócioeconômicos da Usina WTE
Dentre os diversos benefícios identificados por ocasião da implantação da Usina de Tratamento de RSU (Usina WTE), no tratamento dos resíduos, podemos realçar:
• Elevação do IDH (Índice do Desenvolvimento Humano):
Com a implantação do presente projeto, a cidade tornar-se-á uma das pioneiras a dar destino final a totalidade do lixo e simultaneamente ira eliminar os passivos gerados pelo aterro já existente, fatos tais que irão colocar a cidade em destaque no cenário internacional por ser uma das poucas a se adequar as normas contidas no cap. XXI da agenda 21, elaborada na reedição da ECO92, ocorrida em Kyoto – Japão, no ano de 2002.
• Impacto Social:
Dar cidadania ao trabalhador através da geração de empregos tem sido a preocupação da administração publica. Com a implantação deste projeto, alem do fator gerador de empregos direto, teremos os indiretos, em sua grande maioria destinada as pessoas de baixa qualificação profissional, faixa de emprego com oferta mais escassa no país.
• Destinação de Área:
Outra grande economia, normalmente inatingível quando se fala na destinação final do lixo é a necessidade de se colocar em disponibilidade uma extensa área para implantação do aterro, alem da influencia e impacto negativo que tem sua operação em termos de desvalorização das áreas que poderiam ser utilizadas para atividades mais nobres como é o caso da agropecuária e desenvolvimento imobiliário da cidade. Alem disso, a necessidade de isolamento e impossibilidade de utilização da área após o encerramento das atividades dos aterros, em média 30 anos, alem de reduzir o valor da arrecadação de impostos incidentes sobre as cercanias do empreendimento, implica em custos adicionais de tratamento e emanações e efluentes que hoje não se contabilizam, mas que serão com certeza cobrada das futuras administrações.
• Geração de Impostos:
O recolhimento de ISS não será o único imposto na ampliação da arrecadação municipal, pois a geração de empregos diretos e indiretos ira proporcionarem elevação do consumo e conseqüentemente mais receita para os cofres públicos, num efeito multiplicador, difícil de estimar. Porem outro fator importantíssimo que não podemos deixar de acrescentar, que os municípios que apresentarem projetos direcionados a preservação ambiental, através do MDL, auferirão dos seus respectivos estados, um beneficio fiscal na ordem de 8% do ICMS para a receita municipal, o que se denominou ICMS ECOLÓGICO.
• Crédito Carbono:
Em conformidade com o protocolo de Kyoto, que proporciona aos países em desenvolvimento, tal qual o Brasil, que aufiram benefícios por tonelada de resíduos processados, dentro das normas do MDL, que orienta e instrui o tratamento dos resíduos sólidos, permitindo comercializar nas bolsas de valores os respectivos certificados de crédito de carbono.
• Redução de Custos:
A eliminação dos vetores e agentes patogênicos que proliferam nos aterros e lixões reduzirá substancialmente os gastos indiretos do município com verbas de saúde, em face da diminuição das endemias propagadas por estas espécies lá presentes atualmente.
• Convenio com Universidades:
Com o intuito de formar pessoal capacitado e técnico na área, manteremos convenio com Universidades locais, instalando dentro do conjunto da Usina, laboratórios de pesquisas e estudos;
9. Operacionalização da Usina WTE
Para o total funcionamento da Usina WTE, será analisado de acordo com o projeto, ou seja, de conformidade com a volumetria do resíduo solido coletado, será feita a projeção da Mão de obra necessária ao desenvolvimento de todas as atividades correlatas, salientamos que em razão de seu alto grau de automação, teremos que ter técnicos especializados com conhecimentos no manuseio dos equipamentos específicos. Entretanto, serão mantidas funções que não exigem qualificação de Mao de obra especifica. Ressaltando o fato que poderemos implantar sistema de operacionalização totalmente automatizada ou semi-automatizada, aonde requer a Mão de obra para fazer a catação e segregação manual.
Outro item importante, que influencia na preparação da mão de obra para operacionalizar reside no tamanho da Usina WTE, pois os equipamentos são modulares, concebidos e selecionados para processar quantidades de no mínimo 500 toneladas de resíduos dia até no Maximo 5000 toneladas de resíduos dia. Acima deste limite, será adequado um projeto após estudos de implantação. Avaliando sempre que toda mão de obra relacionada com a operacionalização será previamente treinada para o desempenho de funções especificas.
10. Programas de Prevenção
Para cumprir a legislação trabalhista vigente em nosso país, faz-se necessário a implantação de:
• PPRA – Programa de Prevenção aos Riscos Ambientais;
• PCMSO – Programa de Controle de Saúde e Medicina Ocupacional, que definirão os EPI – Equipamentos de Proteção Individual, necessários e que deverão ser utilizados pelos funcionários e coletores que trabalharem na área de produção;
• CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
11. Investimentos de Implantação da Usina WTE
ECO DO BRASIL LTDA em conjunto com NINGAKI ENVIRONMENTAL INC., na implantação da Usina da Terra Vox Energy Inc., (Usina WTE) iniciamos com a comercialização com a atividade voltada para a venda das Usinas de Tratamento de RSU. Porem, devido às implicações da LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal (que limita a capacidade de endividamento dos municípios) pelo fato dos custos envolvidos serem bastante significativos e conseqüentemente as atividades de operação da Usina ser de caráter eminentemente intensivo de pessoal, causando dificuldades na contratação para as prefeituras na ocasião da manutenção de seu funcionamento adequado, esta atividade mostrou se de difícil implantação.
Por esta razão, a ECO DO BRASIL LTDA, através do Consórcio de empresas, decidiu passar a arcar com todos os custos de investimento para a implantação da Usina, valendo-se de financiamentos internacionais..
Alem disto, chamando para si a responsabilidade de contratação e organização do pessoal envolvido na operação da Usina.
Como receitas adicionais, para subsidiar o investimento e a contratação do pessoal envolvido, têm:
• Venda dos produtos reciclados;
• Taxa de destinação final paga pela Prefeitura do Município (ou consórcio de Municípios);
• Venda da energia limpa produzida;
. Certificados de Crédito de Carbono;
Como decorrência, as seguintes premissas devem ser atendidas para que a operação da Usina WTE se torne economicamente viável:
Devera existir a oferta de no mínimo 500 toneladas/dia de RSU (incluindo o lixo hospitalar) para que se justifique a implantação da Usina, podendo ser aceita a modalidade de consorcio de municípios para completar esta volumetria, caso ela não seja atingida pela totalidade do lixo do município;
O município devera disponibilizar a cessão de uso de uma área de terreno firme com cerca de no mínimo 20.000m2 para a implantação da Usina de RSU, de preferência, junto ao local atualmente utilizado para a destinação final do lixo (aterro), pois isto permitira o aproveitamento das reservas de biogás do aterro para uso nas câmaras térmicas da Usina;
Devera ser realizada uma contratação que contemple a assinatura de contrato de longa duração, com o mínimo de 30 anos de duração e possibilidade de renovação nos termos da lei, com vistas a permitir o retorno dos investimentos feitos na implantação da Usina.
12. Previsão de Valores para Execução dos Serviços
Serão pactuados através de um contrato de prestação de serviço entre a Prefeitura do Município com a ECO do Brasil Ltda., os valores R$ xxxx (a serem definidos), para o tratamento e destinação final do RSU entregue, por um prazo mínimo de 30 anos, corrigidos na forma da lei, de acordo com o índice em vigor;
Da venda de todo produto ou material reciclado segregado na Usina através do sistema automatizado ou semi automatizado;
Da venda de toda energia limpa produzida através dos sistemas de biodigestão e gaseificação;
Da venda dos certificados de crédito de carbono, gerados em conformidade com o MDL;
13. Responsabilidades
Tecnologia do processo: TERRA VOX ENERGY INC.
Engenharia, investimento e edificação: WALLBRIDGE Inc.
Operacionalização e manutenção: SUEZ Environnement Inc.
Comercialização/Administração e acompanhamento: ECO DO BRASIL LTDA., com supervisão e apoio da NINGAKI ENVIRONMENTAL INC.;
14. Etapas de Implantação do Projeto
Assinatura do protocolo de intenção;
Fornecimento de dados por parte da Prefeitura;
Elaboração do Projeto por parte da Terra Vox Energy Inc.;
Apresentação do Projeto a Prefeitura do Município;
Aprovação do Projeto pela Prefeitura do Município;
Contrato de concessão do terreno, com os alvarás e homologações da CETESB;
Projeto de engenharia e execução das obras pela Walbridge;
Nota: prazo de construção de 6 a 12 meses, após assinatura do contrato;
Treinamento do pessoal envolvido na operação pela Suez;
Funcionamento da Usina de Tratamento de RSU;
Extração do gás metano existente no aterro;
Produção de gás metano para o consumo da Usina ;
Geração de Energia Limpa;
Auditoria Internacional;
Certificação Internacional;
Emissão dos certificados de Credito de Carbono (01 ano após a certificação;
15. Cases Apresentado em Discussões Publicas:
“Todas as Usinas WTE representam riscos consideráveis para a saúde e o meio ambiente das comunidades vizinhas, bem com a sua população em geral?”
Modernas Usinas WTE que utilizam RSU, para gerar vapor e energia elétrica estão sujeitas a avaliações de risco de saúde abrangente e rigorosos padrões de emissões EPA. Essas normas visam garantir que as Usinas WTE seja uma das fontes mais limpas de energia do mundo. Internacionalmente, a cerca de 800 usinas confiáveis e econômicas de serviços de RSU para os municípios, sem efeitos nocivos a saúde e de impactos negativos ao meio ambiente.
“O tratamento térmico dos RSU é destrutivo para o nosso clima?”
As Usinas de WTE incorporam uma série de tecnologias comprovadas de limpeza para remover eventuais impurezas que podem ser incluídas para que a saída do ar final não exceda as mais rigorosas normas ambientais.
Resíduos em energia também reduzem as emissões de gases, com efeito, estufa de três maneiras:
1. As emissões de metano de aterros são evitadas: quando uma tonelada de RSU é entregue a uma Usina WTE, o metano que teria sido gerado se ele fosse enviado para um aterro sanitário é totalmente evitado.
2. Emissões de CO2 provenientes da queima de combustíveis fósseis são evitadas: quando um megawatt de eletricidade é gerado por uma Usina WTE, um aumento das emissões de dióxido de carbono que teria sido por um combustível fóssil em Usina termoelétrica a carvão é evitado.
3. Emissões de CO2 provenientes da produção de metais são evitadas: resíduos orgânicos em energia recuperar mais de 700 mil toneladas de metais ferrosos para reciclagem anualmente. Reciclar metais economiza energia e evita emissões de CO2 que teria sido emitido se novos materiais foram extraídos e metais novos foram fabricados.
“Modernas Usina WTE é um método eficaz de produzir eletricidade?”
Usinas WTE, as fontes são renováveis, pois a matéria prima é o lixo – é sustentável e não esgotáveis. Segundo a EPA EU, a transformação de resíduos em energia é uma fonte limpa, confiável e renovável de energia. Uma Usina de transformação de RSU típicos ira gerar para a rede local algo entorno de 500-600 kWh por tonelada. Projetos para transformação de resíduos em energia recuperam uma parcela significativa do conteúdo energético dos RSU, que seriam perdidas quando o material fosse colocado em aterros sanitários.
“Usinas WTE são cara e criam enormes encargos econômicos para os municípios?”
A deposição em aterro pode, inicialmente, parecer a opção mais econômica considerando as baixas taxas de destinação final atualmente pagas, porem devemos também incluir o custo de transporte de e para a fim de obtermos o verdadeiro custo de deposição em aterros sanitários. Em alguns casos os municípios, os aterros distam centenas de quilômetros, sendo obrigados a transportar os resíduos e ou a utilizar estações de transferência para fazer o mesmo. Uma Usina WTE estratégicamente localizada, reduz drasticamente estes custos. Construir um novo aterro sanitário não é tão fácil e podem custar milhões de dólares. A deposição em aterro não necessariamente menos poluente também. Como nos aterros os RSU decompõem emitindo gás metano para atmosfera, que é um dos principais contribuintes para o aquecimento global. Mesmo com as ultimas técnicas de construção, lixiviados produzidos no aterro devem ser cuidadosamente monitorizados para assegurar que ele não ira contaminar as águas subterrâneas locais. Esta pratica de cuidados devem continuar mesmo após o aterro sanitário ser fechado, em razão do passivo ambiental que perduram por quase 30 anos ou mais e tudo isto geram custo que não são contabilizados quando se constroem aterros ao invés de implantar uma Usina WTE.
“Usina WTE destroem muitos recursos valiosos que podem ser reciclados e compostados?”
As estatísticas compiladas por mais de uma década tem comprovado que a transformação de RSU em energia e reciclagem é compatível e não competitivas uma com a outra. Municípios que utilizam o sistema de gestão de resíduos demonstram um aumento nas quantidades de recicláveis e de utilização de resíduos em energia no sistema de gestão integrada que desempenha um papel fundamental
A Usina WTE para reduzir e reciclar o que produzimos é a melhor solução para os resíduos. Infelizmente os municípios mais eficientes só reciclam cerca de 20% de seus RSU, deixando os outros 80% para a eliminação de alguma forma. Acreditamos que a utilização dos RSU como um recurso para nos fornecer novas matérias primas e de energia limpa, em vez de se decomporem nos aterros poluindo é a melhor solução.
“A deposição em aterro é uma solução melhor em relação à tecnologia da Usina WTE?”
As Usinas WTE possuem resultados positivos superior aos aterros sanitários de varias maneiras. Primeiramente, o gás metano emitido pelos aterros sanitários é de cerca 21 vezes mais potente que o dióxido de carbono, o gás liberado pelo tratamento térmico do lixo. Um estudo realizado pela EPA EU, em 2009 constatou que ate mesmo os aterros em “estado-da-arte” que coletam o gás metano emanado da decomposição do lixo para produzir eletricidade despejam cerca de duas vezes mais gás na atmosfera, contribuindo ainda mais para o aquecimento global, quanto para as estações de energia do que para as unidades de energia que eles produzem. Apurou-se também que, apesar dos novos aterros estarem alinhados para evitar vazamentos de substancias toxicas contaminações, freqüentemente, o processo de captura do gás metano é altamente ineficiente. Por outro lado, verificou-se (pelo mesmo estudo EPA) que as Usinas WTE produzem nove vezes mais energia do que os aterros com a mesma quantidade de RSU depositados.
obrigado.